Casos de raiva em equinos e bovinos aumentam 18,9% na Bahia em 2025. Autoridades alertam para importância da vacinação e monitoramento, após registros de 44 casos em quatro meses.



 A Bahia registra um aumento preocupante de casos de raiva em animais em 2025, principalmente em equinos e bovinos. De acordo com a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), foram confirmados 44 casos de raiva no estado até abril, o que representa um crescimento de 18,9% em relação ao mesmo período de 2024.

Os equinos apresentaram um aumento de 600% no primeiro quadrimestre, passando de 2 para 12 casos. Já os bovinos mantiveram o mesmo número de registros do ano passado, com 12 confirmações. Mesmo assim, a categoria continua sob vigilância devido ao grande tamanho do rebanho baiano.

Embora o crescimento esteja dentro do esperado, autoridades sanitárias destacam a possível influência da vacinação. Em 2024, a Bahia realizou a maior campanha de vacinação contra a raiva em cães e gatos, mas a imunização de animais de produção, como equinos e bovinos, não é obrigatória. A suspensão da vacinação obrigatória contra a febre aftosa — que antes ocorria em conjunto com a de raiva — pode ter contribuído para a queda na cobertura vacinal desses animais.

A atualização cadastral obrigatória de rebanhos, prevista para julho e agosto, será fundamental para avaliar a imunização dos animais. A Adab também alerta para a presença de morcegos hematófagos, principais transmissores do vírus da raiva. Os produtores devem notificar imediatamente qualquer caso de animais “esfoliados” ou presença de morcegos em suas propriedades.

A raiva é transmitida pela saliva de animais infectados, sendo um risco tanto para os rebanhos quanto para a saúde pública, especialmente em equinos, que têm contato direto com humanos. Autoridades reforçam a necessidade de medidas preventivas para evitar a disseminação da doença.

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